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Foto do escritorMarlon Richard Alves Pillonetto

QUEM É QUE NÃO APRECIA UM BOM JOGO?

Atualizado: 18 de ago. de 2023

Precisamos gamificar e ludificar a sala de aula.

Fonte: Elaborado pelo autor (2020) em <canva.com>.


Quem não gosta de um bom jogo para passar o tempo, seja ele digital, de tabuleiro, esportivo, de cartas, enfim, os jogos estimulam várias de nossas capacidades cognitivas/emocionais.


Se os jogos são tão bacanas e os jovens curtem tanto participar deles, por que não usar esse recurso na educação?


Pensando neste questionamento, e após realizar algumas experiências enquanto cursava o Mestrado, decidi usar os jogos como ferramenta educacional.


Minha primeira experiência foi com o Kahoot, aplicativo que permite a criação, por exemplo, de quiz e de gerar uma competição entre os alunos.

Com o Kahoot é possível realizar retomada de conteúdos, construção de conhecimentos prévios, discussões de temas polêmicos, entre outras atividades, as quais eu exploro no meu curso sobre jogos e aplicativos lúdicos aplicados à educação.



A título de exemplo, todos sabemos que a gramática é o calcanhar de Aquiles da Língua Portuguesa. Em outras palavras os alunos acham essa área tão difícil e massante que não se setem motivados a estudarem as famosas regras da gramática normativa.


Pensando nisso, decidi ludificar esse processo de ensino e aprendizagem. Para ilustrar o que realizei, vou apresentar duas formas diferentes de uso de jogos em sala de aula que utilizo para trabalhar gramática, entre outros temas.


METODOLOGIA 1 - JOGOS CONFECCIONADOS PELOS ALUNOS


Nesta primeira metodologia os alunos em casa estudam sobre o conceitos, gramaticais, neste caso os pronomes indefinidos e interrogativos por meio da sala de aula invertida (temática já comentada em outro post e que eu discuto no meu curso sobre este assunto).


Após realizarem o estudo em casa, realiza-se a discussão em sala de aula com resolução coletiva de atividades e reflexão de sua finalidade dos conteúdos na prátia discursiva.


Em seguida, os alunos em grupos criam jogos, com seus respectivos manuais de instrução, usando o conteúdo como tema norteador. E acreditem, os resultados foram muito satisfatórios.


Após a criação dos games, em sala os alunos explicaram as regras do material que elaboraram e trocam de jogos com os demais grupos, com a finalidade de jogarem um jogo que não fosse o seu, treinando, assim, seus conhecimentos sobre o tema.


Durante o jogo, eu costumo caminhar entre os grupos para verificar o andamento da aprendizagem e mediar as possíveis dificuldades.


Compartilho algumas imagens da confecção e prática dos jogos:

Direcionamento online da atividade.
Jogo confeccionado pela turma.
Jogo confeccionado pela turma.
Alunos jogando.
Alunos jogando.

Alunos jogando.
Alunos jogando.

Ressalto que já apliquei essa metodologia com outros conteúdos, até mesmo com a parte teórico-histórica dos movimentos literários. Os resultados foram bem legais, principalmente com turmas do período vespertino e noturno que o trabalho docente pede uma metodologia bem diferenciada.


METODOLOGIA 2 - JOGOS CONFECCIONADOS PELO PROFESSOR


Dentre os vários tipos de jogos que podemos desenvolver, eu em especial gosto de dois: tabuleiro e torna na cara. Hahahaha!


Sendo assim, costumo aplicar esses dois jogos como forma de materializar o conteúdo estudado no bloco de conteúdos/trimestre, para mensurar o que eu preciso retomar.


Geralmente, dou o direcionamento o conteúdo para estudo, bem como deposito o material necessário no Ambiente Virtual de Aprendizagem que utilizamos para a sala de aula invertida e confecciono meu jogo com base nos mesmos.


Compartilho algumas fotos de atividades desenvolvidas com os alunos, assim como um tabuleiro que eu desenvolvi/criei com a ajuda de um aluno.


2º ano do Ensino Médio após brincarmos de torta na cara: tema - organização textual.
3º ano do Ensino Médio após brincarmos de torta na cara: tema - informatividade e senso comum.
Jogo de tabuleiro produzido por mim para usar em sala de aula.
Professores usando o jogo em um curso de formação ministrado pelo prof. Marlon Pillonetto. .

Jogo de tabuleiro produzido por mim para usar em sala de aula.
Jogo de tabuleiro produzido por mim para usar em sala de aula.

Como educador, ressalto que são inúmeros as possibilidades de trabalhar com jogos na educação e os resultados, com certeza, são bem significativos. Entretanto, temos que compreender que esse trabalho só é possível quando há parceria entre professor e aluno.


Por fim, espero ter despertado ideias para que possam aprimorar as práticas educacionais que você, leitor-professor, utiliza em suas aulas.


Até a próxima!


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