Precisamos gamificar e ludificar a sala de aula.
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) em <canva.com>.
Quem não gosta de um bom jogo para passar o tempo, seja ele digital, de tabuleiro, esportivo, de cartas, enfim, os jogos estimulam várias de nossas capacidades cognitivas/emocionais.
Se os jogos são tão bacanas e os jovens curtem tanto participar deles, por que não usar esse recurso na educação?
Pensando neste questionamento, e após realizar algumas experiências enquanto cursava o Mestrado, decidi usar os jogos como ferramenta educacional.
Minha primeira experiência foi com o Kahoot, aplicativo que permite a criação, por exemplo, de quiz e de gerar uma competição entre os alunos.
Com o Kahoot é possível realizar retomada de conteúdos, construção de conhecimentos prévios, discussões de temas polêmicos, entre outras atividades, as quais eu exploro no meu curso sobre jogos e aplicativos lúdicos aplicados à educação.
A título de exemplo, todos sabemos que a gramática é o calcanhar de Aquiles da Língua Portuguesa. Em outras palavras os alunos acham essa área tão difícil e massante que não se setem motivados a estudarem as famosas regras da gramática normativa.
Pensando nisso, decidi ludificar esse processo de ensino e aprendizagem. Para ilustrar o que realizei, vou apresentar duas formas diferentes de uso de jogos em sala de aula que utilizo para trabalhar gramática, entre outros temas.
METODOLOGIA 1 - JOGOS CONFECCIONADOS PELOS ALUNOS
Nesta primeira metodologia os alunos em casa estudam sobre o conceitos, gramaticais, neste caso os pronomes indefinidos e interrogativos por meio da sala de aula invertida (temática já comentada em outro post e que eu discuto no meu curso sobre este assunto).
Após realizarem o estudo em casa, realiza-se a discussão em sala de aula com resolução coletiva de atividades e reflexão de sua finalidade dos conteúdos na prátia discursiva.
Em seguida, os alunos em grupos criam jogos, com seus respectivos manuais de instrução, usando o conteúdo como tema norteador. E acreditem, os resultados foram muito satisfatórios.
Após a criação dos games, em sala os alunos explicaram as regras do material que elaboraram e trocam de jogos com os demais grupos, com a finalidade de jogarem um jogo que não fosse o seu, treinando, assim, seus conhecimentos sobre o tema.
Durante o jogo, eu costumo caminhar entre os grupos para verificar o andamento da aprendizagem e mediar as possíveis dificuldades.
Compartilho algumas imagens da confecção e prática dos jogos:
Ressalto que já apliquei essa metodologia com outros conteúdos, até mesmo com a parte teórico-histórica dos movimentos literários. Os resultados foram bem legais, principalmente com turmas do período vespertino e noturno que o trabalho docente pede uma metodologia bem diferenciada.
METODOLOGIA 2 - JOGOS CONFECCIONADOS PELO PROFESSOR
Dentre os vários tipos de jogos que podemos desenvolver, eu em especial gosto de dois: tabuleiro e torna na cara. Hahahaha!
Sendo assim, costumo aplicar esses dois jogos como forma de materializar o conteúdo estudado no bloco de conteúdos/trimestre, para mensurar o que eu preciso retomar.
Geralmente, dou o direcionamento o conteúdo para estudo, bem como deposito o material necessário no Ambiente Virtual de Aprendizagem que utilizamos para a sala de aula invertida e confecciono meu jogo com base nos mesmos.
Compartilho algumas fotos de atividades desenvolvidas com os alunos, assim como um tabuleiro que eu desenvolvi/criei com a ajuda de um aluno.
Como educador, ressalto que são inúmeros as possibilidades de trabalhar com jogos na educação e os resultados, com certeza, são bem significativos. Entretanto, temos que compreender que esse trabalho só é possível quando há parceria entre professor e aluno.
Por fim, espero ter despertado ideias para que possam aprimorar as práticas educacionais que você, leitor-professor, utiliza em suas aulas.
Até a próxima!
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